SINTRAF de Coité realiza entrega de Documentos



Construindo cidadania para o homem e a mulher do campo, assim o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar, SINTRAF, vem contribuindo diretamente com construção da cidadania, “dando direito para quem tem direito”, e os documentos de identificação é um dos primeiros direitos. A realidade do Território do Sisal é bem diferente, muitas pessoas não possuem seus documentos e as que têm, precisam ser atualizados, retirados à segunda via.

Uma forma de garantir esse direito, o SINTRAF de Coité mobilizou e articulou o Mutirão de Documentação do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural, que em 04 dias, realizado no mês de março de 2013, conseguiu fazer 690 RGs (Registro Geral).

E nesse mês de maio, no dia 24, o SINTRAF de Coité fez a entrega desses documentos, confira nas fotos a satisfação das pessoas que conseguiram fazer seu documento. O SINTRAF de Coité destaca que “o exercício da cidadania começa com o acesso a um direito básico do cidadão que é a documentação civil.”, não tem como não pensar em melhorar a qualidade de vida do homem e da mulher do campo sem os principais direitos como acesso a saúde, moradia, educação, entre outros direitos para que as pessoas possam viver em uma sociedade mais justa.


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Sepultado o corpo de uma das mais conhecidas sindicalistas da Bahia

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Foi sepultado na manhã de sábado (18),no cemitério São João Batista,na cidade de Araci,o corpo da sindicalista e líder comunitária Maria Madalena Santos Silva. Ela faleceu na sexta-feira (17) em Salvador vitima de câncer de mama, depois de muitas complicações, ou seja, mais de cinco anos de tratamento.

O corpo de Madalena foi velado na comunidade de Queimadinha, distante 13 km de Araci e por volta das 07h30, com um cortejo em forma de carreata, seguiu até a cidade, onde uma multidão o aguardava.
Conhecida em todo território nacional, em especial nos movimentos sociais, a agricultora familiar foi homenageada no dia internacional das mulheres durante um ato no centro da cidade e, mesmo ausente, lembrada através de um painel, foi chamada de “Guerreira”, por defender bandeiras e lutas por espaços e direitos para todos.

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A “guerreira”, além de religiosa dedicou sua vida e seus últimos anos, quase que exclusivamente a lutar pelo direito da mulher rural e como líder comunitária, foi reconhecida pelos moradores da comunidade através das manifestações populares durante o sepultamento, pelas batalhas em defesa de moradia digna para os agricultores familiares.

Dentre as lutas travadas pela sindicalista, destaca-se a fundação do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Araci, da APAEB/Araci, do Movimento de Organização Comunitária (MOC), a mais de quatro décadas e militante das machas dos direitos das mulheres, que teve inicio no território do sisal, estendendo à Brasília em 1986, resultando na emenda constitucional que garantiu os direitos das mulheres a aposentadoria.

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Ao receber a visita do CN em sua residência a cerca de três anos e na ocasião o CN acompanhava o então secretário da Infraestrutura, hoje, deputado federal João Leão (PP), Madalena repetiu palavras do vocabulário de uma trabalhadora rural dedicada à organização feminina e de lutas em defesa da qualidade de vida dos agricultores rurais, ou seja, mobilização luta igualdade, defesa dos direitos das mulheres e dos homens. Na época ela externava o desejo de vê asfaltado o trecho de 32 km que distancia o Distrito de Salgadália, município de Conceição d Coité á cidade de Araci, beneficiando a comunidade de Qeimadinha, onde residia e consequentemente melhorando a vida dos agricultores rurais, principalmente e escoar seus produtos.

Maria Madalena dos Santos Silva, uma das militantes mais experientes nas lutas femininas, disse ao CN que “a luta faz a gente viver melhor”. Questionada porque dedicou parte de sua vida à luta das mulheres trabalhadoras rurais e contou que era movida pela necessidade de ver o movimento social cada dia crescendo em busca da cidadania e sempre sonhou por dias melhores na sociedade, mais justa e igualitária.
40 anos do moc
Amiga de Wagner o Lula – Em 27 de setembro de 2007, durante a comemoração dos 40 anos do Movimento de Organização Comunitária (MOC), em Feira de Santana, onde estavam reunidos representantes da agricultura familiar, educadores do campo, membros de diversas organizações e movimentos sociais, sindicalistas e autoridades, o governador Jaques Wagner falou sobre as parcerias com o movimento social e lembrou a importância de Madalena neste movimento e da sua amizade com a líder sindical. Na foto, Wagner se dirigia a Madalena, a terceira entre as pessoas que formavam a mesa de trabalho. ”Madalena foi importante neste trabalho da sociedade civil organizada que faz com que o povo brasileiro volteasse a ter esperança”, falou o governador na época.

Movida pela esperança de dias melhores, Madalena marcou a presença no ano de 1993 da passagem da caravana da cidadania pela região o sisal, período em Lula, candidato a presidente da republica, durante 20 dias, de 23 de abril a 12 de maio de 1993, percorreu 4.500 quilômetros, visitando quase 60 cidades em sete estados, mostrando um país pouco visto, pouco falado e muito maltratado.
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O secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Conceição do Coité, Valdemi de Assis, lamentou a morte de Madalena e lembrou as “caminhadas”, no final da década de setenta e inicio de oitenta, quando na pauta estava a aposentadoria dos mutilados, das viúvas, mulheres, diminuir a idade dos homens e em todos os atos lá estava Madalena. “Madalena foi muito importante no inicio da minha história, pois adolescente, ela me incentiva a lutar e trabalhar para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, disse Valdemí.

Da redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas e Portal Folha/Imagens TV Folha

Esse é o nosso bioma, Caatinga!


A caatinga ocupa uma área de cerca de 884.453 quilômetros quadrados, que corresponde á 11% do território nacional, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. Um bioma que tem características própria, considerada genuinamente brasileira, e a Bahia têm 34% da caatinga, e o Território do Sisal predominantemente caatinga.

Semelhanças entre o povo que mora e vive no semiárido, além de ser Nordestino “cabra da peste” se denominam Catingueiro, homem ou mulher que mora na região, povo que vive na dificuldade de existir, mas que não desiste nunca luta com tudo e contra todos utilizando das sua estratégias  para sobreviver, assim é o “nosso bioma” do povo nordestino, valente por natureza.

Para valorizar, para uns e um convite a conhecer para outros, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio Ambiente do município de Valente, e apoio de diversas entidades da sociedade civil organizada, entre elas a Fundação de Apoio à Agricultura Familiar do Semiárido da Bahia, FATRES, realizaram o Dia Socioambiental da Caatinga, no dia 26 de abril de 2013 na Casa da Cultura em Valente Bahia, com uma programação envolvendo as entidades parceiras do evento, escolas e comunidade local.

Durante o evento que contou com mais de mil pessoas durante todo o dia, com apresentações culturais e palestras importantes todas ligadas a como conviver com a caatinga de forma sustentável, os aspectos importantes da caatinga como a sua resistência. Uma curiosidade interessante que surgiu em uma das palestras foi sobre as árvores que ficam sem as folhas,  segundo o palestrante, elas não estão mortas, trata-se apenas de uma estratégia que as arvores adotam para diminuir o consumo de água e prolongar a sua vida.

Um incentivo para os estudantes foi o concurso com prêmio para as 03 melhores nas categorias, poesia, música e fotografia com o tema caatinga, uma forma dos estudantes reconstruir um olhar para o bioma e reforçar a ideias que as entidades vêm trabalhando de convivência com o semiárido com tecnologias apropriadas e principalmente com respeito a esse bioma.

O dia nacional da caatinga  é celebrado no dia 28 de abril, mas que possamos cuidar e dar o valor que ela merece a caatinga e a floresta da região devem ter o mesmo tratamento e respeito de todos e todas. “a caatinga, esse é o lugar que queremos viver”.



Ações que já mostram resultados!

A região do sisal está de outra cor. As chuvas que estão se aproximando vem encher os olhos do agricultor de alegria e esperança. Apesar de não ser ainda suficiente para armazenamento uma boa quantidade de água, à chuva modifica a paisagem e traz um frescor ao clima. A região, ainda, não esta preparada para armazenar água aproveitando o máximo, uma vez que muitos reservatórios são inadequados e muitas aguadas ainda estão sem limpar, tornando difícil o armazenamento da água.

O Projeto Mais Água, desenvolvido pela Fundação de Apoio à Agricultura Familiar do Semiárido da Bahia, FATRES, em convênio com Secretária de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza, SEDES, que esta sendo desenvolvido em 05 cidades da Região Sisaleira, Cansanção, Itiúba, Monte Santo, Nordestina e Queimadas.

A primeira ação em campo foi tornar os reservatórios de água desses municípios viáveis para o armazenamento correto da água. O projeto esta atendendo 885 famílias desses 05 municípios. No município de Cansanção que tem 150 famílias atendidas já estão executando o projeto com sucesso, uma delas é a limpeza de aguada que já foi limpa e a chuva tão esperada veio e as famílias puderam ter a água que tanto precisavam.

Além das aguadas, em Cansanção já iniciou as obras de construção de barreiro trincheiro, que são reservatórios escavados no solo, com as paredes verticais estreitos e fundas, e com essas chuvas também já tem água para as famílias. Utilizando dessas técnicas para armazenar água, as famílias passam ater uma convivência melhor com o clima semiárido e passam menos dificuldade nos períodos de estiagem.

Com empenho de toda a equipe técnica do projeto e com o apoio da comissão municipal do projeto e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares, as obras estão em andamento, o lugar que já estava pronto, como a limpeza de agudas, que já foi realizada, e o barreiro trincheiro em Cansanção e Itiúba começou a construção, já foram inauguradas pela chuva. A torcida agora é para que a chuva possa continuar com intensidade para poder armazenar mais e assim produzirem nas propriedades.