A Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA) e a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia, por meio da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos (Cerb), assinaram convênio para a recuperação de poços artesianos no estado. O MDA vai investir R$ 3,1 milhões com contrapartida da Cerb de R$ 2,5 milhões para a implantação do Programa de Aproveitamento de Poços de Baixa Vazão e/ou Salinizados.
Os recursos serão aplicados na compra de bombas e cataventos para a retirada de água de poços com água salinizada. O líquido, impróprio para consumo humano, pode ser consumido por animais, evitando que eles morram devido à falta de água. No documento, assinado na tarde desta quinta-feira (5), em Brasília, pelo secretário da SDT, Jerônimo Rodrigues, e pelo presidente da Cerb, Bento Ribeiro Filho, está previsto o reaproveitamento de 200 poços artesianos.
O secretário de Desenvolvimento Territorial, Jerônimo Rodrigues, diz que a proposta de inclusão produtiva aliada ao enfrentamento dos efeitos da seca na Bahia revela a preocupação do MDA, em conjunto com o governo do estado, em oferecer infraestrutura para o meio rural na intenção de suprir com água, também, os pequenos rebanhos. “Este convênio é importante porque trata-se de viabilizar ações estruturantes de convivência com o semiárido”, analisou.
O presidente da Cerb, Bento Ribeiro Filho, destacou que o convênio faz parte de uma série de esforços para manter o agricultor no campo, dando condições para que ele continue produzindo, mesmo em situações climáticas adversas. “Este projeto tem como objetivo dar sustentação a este braço econômico que é a criação animal no estado da Bahia e, em conjunto com iniciativas que garantem água para o consumo humano, faz parte do rol de ações para melhorar a vida dos agricultores do semiárido”, explicou.
Sobre o Programa
A seleção dos poços utilizou como base o banco de dados da Cerb, considerando os seguintes critérios de pré-inclusão: poços perfurados e não instalados nos últimos dez anos em todos os Territórios de Identidade do Estado da Bahia e poços com águas com teor de resíduos sólidos de até 7000 mg/l, em função do limite aceitável do gado bovino e de até 12000 mg/L para caprinos e ovinos.
O projeto vai implantar 200 poços já enquadrados nesta condição. Segundo estudos existentes e adotando-se o consumo médio de cinco litros por dia por animal, cada poço aproveitado poderá manter um rebanho de gado caprino de aproximadamente 250 cabeças.
O programa está dividido em três fases: visita técnica de identificação, implantação e transferência. “Além do MDA, o arranjo institucional prevê o envolvimento da Cerb, que realizará intenso trabalho social de mobilização, implantará os equipamentos e capacitará comunidades; das prefeituras municipais, que serão parceiras; e das associações de usuários, que serão responsáveis pela futura operação e manutenção dos equipamentos”, concluiu Bento Ribeiro.
FONTE: Secretaria de Desenvolvimento Territorial
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