Representantes de entidades da sociedade civil organizada do Território do Sisal, bancos e órgãos do governo estadual participaram de seminário hoje (25), para debater a concessão de crédito ao Agricultor Familiar, especialmente o crédito emergencial para combater os efeitos da estiagem.
O evento, realizado no Sisal Clube em Santaluz, teve como objetivo sensibilizar os bancos para a necessidade de facilitar o acesso do agricultor ao crédito, tornando o processo mais rápido e fácil. Mais de 200 agricultores familiares participaram do seminário.
O crédito emergencial, destinado aos agricultores que residem em municípios com situação de emergência decretada, pode chegar a 12 mil reais para pequenos produtores, com taxa de juros de 1% ao ano. O agricultor conta ainda com um desconto de 40% sobre as parcelas do financiamento pagas em dia.
Os recursos devem ser utilizados como capital de giro, investimento e custeio para todas as despesas inerentes à agricultura e agropecuária. Para os grandes produtores o financiamento varia entre 12 e 100 mil reais, com juros de 3,5% ao ano.
O Coordenador Geral da FATRES, João Nilton Ferreira, destacou que além de reduzir a burocracia dos bancos é preciso que o agricultor também se organize. “As entidades e os agricultores precisam se preparar para enviar projetos solicitando recursos aos bancos”, enfatizou.
O Secretário de Finanças da FATRES, Urbano Carvalho, sugeriu que entidades territoriais com maior estrutura, a exemplo da FATRES, EBDA e Fundação APAEB ajudem as entidades menores a elaborarem projetos para que os agricultores possam conseguir crédito junto aos bancos.
Urbano sugere que entidades ajudam agricultores a elaborar projetos |
O Secretário Executivo do CONSISAL, José Silva, lembrou que a burocracia tem feito com que muitos municípios demorem de acessar recursos destinados a combater os efeitos da estiagem. José ressaltou que é necessário repensar as políticas públicas e a conduta do agricultor para a convivência com a seca. “Não podemos achar que só a chuva vai resolver o problema, é preciso organização”, finalizou.
O representante do Banco do Nordeste, Pedro Neto, informou que as exigências para a liberação de crédito são determinações nacionais e que não podem ser mudadas pela agência do Território do Sisal. Ele afirmou que o Banco está comprometido em agilizar o atendimento dos agricultores e orientar sobre a melhor forma de acesso.
ASCOM FATRES
Arlene Freire
(75) 3263 2376
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