Seca castiga Coité e SINTRAF articula limpesa de barragens
Das 70 barragens públicas que deverão ser limpas até o final do mês de março, segundo previsão do CONSISAL, dentro do processo de limpeza e recuperação de aguadas no Território do Sisal, através da parceria com a Coordenação Estadual de Defesa Civil (CORDEC), Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza e CAR, sete estão situadas no município de Conceição do Coité, segundo informações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Agricultores Familiares de Conceição do Coité – SINTRAF, Urbano de Carvalho.
Segundo Urbano, todos os 11 municípios contemplados pelo projeto já conseguiram executar mais da metade do trabalho e correm contra o tempo para finalizar as atividades, já que nessa época do ano costuma chover no Nordeste. Ele disse também que, apesar da Prefeitura não fazer parte do CONSISAL, Conceição do Coité foi o único município que conseguiu 355 horas de máquinas para limpeza das barragens consideradas prioritárias na capacidade de armazenamento d’água.
O líder sindical acompanhou o CN as comunidades de Nova Palmares, Patos e Cabaceiras, onde limp0u barragens com mais de 50 anos de existência e há quase duas décadas que não eram limpas, a exemplo de Patos, onde, segundo o aposentado Luiz Pinto de Oliveira, 76 anos, a conhecida “Lagoa dos Patos”, estava praticamente entupida e logo que concluiu às 13 horas de trabalho deu uma chuva, considerada fina, conseguindo juntar um pouco d’água, o suficiente para suas 10 vacas beber durante pelo menos cinco dias.
A situação é tão critica que o criador se satisfaz com as poças d'água existentes no meio da barragem
Foram contratadas pelo CONSISAL, mais de 4.800 horas de máquinas, o que representa um investimento de R$ 650 mil. Na Bahia, 75 municípios estão com situação de emergência reconhecida e decretada pela Defesa Civil estadual por causa da seca, um procedimento usado quando um desastre ultrapassa o estágio emergencial e a previsão é de que o período de estiagem se estenda até maio.
A seca que castigou a Bahia ano passado, sobretudo na região do semiárido, chegou a 2012 assolando comunidades em quatro regiões do Estado: norte, nordeste, centro-oeste e sudeste. O semiárido é região mais afetada e o período seco tende a se estender até maio. “É esperada para os próximos meses uma expressiva redução nos volumes das chuvas na região. Ainda assim, não se descarta a possibilidade de ocorrer eventos isolados de chuvas mais intensas, nos meses de março e abril, o que não será suficiente para suprir o déficit registrado nos últimos anos”, avalia o coordenador de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Eduardo Topázio.
Fonte: Calila Notícias
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