Bahia avança no diagnóstico do câncer e doenças neurológicas

 
Com financiamento da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), o Grupo Delfin está prestes a produzir na sua fábrica de Lauro de Freitas substâncias emissoras de radiação utilizadas na medicina para acompanhamento de tratamento oncológico e exame de diagnóstico de câncer por imagem, viabilizando também o fornecimento dos radiofármacos para as clínicas de toda a Bahia e do Nordeste. Os investimentos chegam a R$ 31 milhões.

Os equipamentos de PET/CT, Discovery 600 e Óptima 560, fabricados pela GE Healthcare, em Congonhas (SP), serão instalados nas unidades do Grupo Delfin em Lauro de Freitas e Feira de Santana, em Salvador (Hospital Português) e em Natal (Hospital Papi). A Delfin é a única empresa no Norte/Nordeste que instalou o acelerador de partículas cícloton para uso médico, capaz de produzir a substância para exame PET-CT (fluordesoxiglicose-FDG).

A fábrica Delfin Fármacos, construída em Lauro de Freitas, já está pronta. A expectativa é que a empresa comece a produzir, no primeiro ano, 4.500 doses da substância FDG, destinada ao diagnóstico precoce do câncer, passando para 28 mil no período de cinco anos.

“O empreendimento se tornou possível devido ao financiamento de longo prazo oferecido pela Desenbahia, que acreditou no projeto. Como uma instituição financeira baiana, onde as decisões são locais, o processo fluiu com rapidez e garantiu recursos técnicos e financeiros para um investimento desse porte. Vamos também envolver o meio acadêmico para realizar pesquisas científicas que promovam inovações tecnológicas”, afirmou o responsável pelo empreendimento, Delfin Gonzales.

O prédio, de oito andares, construído numa área de nove mil metros quadrados, vai abrigar, além da indústria de FDG, unidades para radioterapia, medicina nuclear e bioimagem, um hospital-day e ambulatório com quatro salas para cirurgia. O grupo emprega 2.300 pessoas.

Exame PET

Trata-se de uma técnica não invasiva que consiste na injeção da substância radioativa FDG, que possibilita a obtenção de imagens de corpo inteiro. Além de promover uma melhor definição do tipo de tratamento, permite a visualização mais precisa do tumor maligno ou benigno e ainda ajuda a preservar tecidos saudáveis.

Os equipamentos da GE Healthcare detectam tumores milimétricos, que não podem ser vistos nos demais exames, que só mostram o tumor quando ele já apresenta grandes dimensões. Como uma tomografia computadorizada, o equipamento proporciona uma imagem detalhada da anatomia interna, revelando o tamanho e a forma das células. O resultado são informações completas sobre a localização do câncer e seu metabolismo.

Fonte: SECOM

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